A Câmara dos Deputados da Argentina aprovou nesta quinta-feira uma declaração sobre o Brasil, após a destituição de Dilma Rousseff da presid...
A declaração sobre o Brasil fala de uma "situação de extrema dificuldade em termos de preservação do Estado de direito e da democracia representativa".
Frente a isso, a Câmara argentina destacou que é "necessário reiterar" certos "princípios", como o "direito à democracia", a "participação permanente, ética e responsável da cidadania" e o "respeito aos direitos humanos e às liberdades fundamentais".
A este texto, o partido kirchnerista Frente para a Vitória pretendia agregar uma condenação expressa "ao golpe de Estado parlamentar" contra Dilma e uma solicitação ao governo argentino para que impulsione no Mercosul e na União de Nações Sul-americanas (Unasul) a ativação dos protocolos sobre a "cláusula democrática".
No entanto, essa pretensão foi rejeitada pelo governo.
Por sua vez, a declaração sobre a Venezuela é praticamente idêntica à referente ao Brasil: também fala de uma "situação de extrema dificuldade" e lembra os mesmos princípios de defesa da democracia.
O kirchnerismo fracassou também em sua tentativa de somar à declaração uma menção de respaldo "ao governo constitucional eleito pelo povo venezuelano" e de alerta "sobre as tentativas de desestabilização que enfrenta a ordem institucional" nesse país, onde hoje aconteceram manifestações a favor e contra o presidente Nicolás Maduro.
Ambos documentos foram aprovados, por maioria, com o apoio da coalizão governante Cambiemos, da opositora Frente Renovadora e de forças minoritárias.
EFE